segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Saudade

(Foto de Serenidade)
Apetece-me dizer-te o quanto tenho saudades de ti, dos tempos em que rapidamente as letras se uniam em palavras e estas em frases ou versos. Com, ou sem, nexo aos olhos dos que te liam, eram, para mim uma fonte de tranquilidade e de conforto. Sim, tenho saudades dos tempos em que dormia a escrever-te, a dizer-te o quanto a dor e a alegria, eram importantes para mim e para ti… Lembro dos tempos em que partilhava contigo tudo o que doía, o que me alegrava, o que causava êxtase, os medos, as ansiedades e todos as emoções que um comum mortal exala a cada inspiração, a cada expiração….
Que saudade deste bater de teclas acelerado, a tal ponto que as letras atropelam-se de tanto quererem ser expressas; deste coração que quase sai pela boca pela ânsia de dizer o que vai lá dentro e que tem ficado fechado a sete chaves… sem querer sair? Com medo de sair? Pela incompreensão? Ou pelo medo da constatação???
Que saudades eu tenho deste rosto que sorri, da vida que há em mim e que tanto quer estar em ti!

Será um recomeço? Vamos voltar a enamorarmo-nos? Posso voltar a cativar-te?

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