quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Luz



(Foto de Serenidade)






Há uma luz que me guia até ti. O luar, nos meus sonhos, é o conselheiro do percurso pelo qual poderei direccionar os meus olhos e a minha vontade me leve até ao teu lado. Sou guiada, qual autómato, pelo fio de luz prateado que me acalenta a pele no frio da noite. Encantada pela penumbra do reflexo do teu olhar (no meu) dou por mim desejando entrar nos teus lençóis e banhar-me no teu leito pedindo-te, encarecidamente, que me libertes das amarras que me enclausuram e me diminuem. Por vezes, este prateado lançado na tela do meu olhar, é ilusório! Precisa de ser caiado de doirado. Montar num cavalo alado e deslizar até ti, verificando a veracidade da tua existência. Aí! Onde delicias todos com a tua palete colorida e com o teu sorriso de moço arisco!
Há uma palavra, que me impele a pedir que te aproximes, que venhas até mim. Uma carícia pede para ser manifestada. Uma luz a querer manifestar-se. O amor que nos une. A ternura que necessita ser manifestada. O desejo de, ao teu lado, ser amada.
Só tu, poderás abrir a cortina do meu olhar, limpar os cantos preenchidos de alguma mágoa e abraçar-me livre do que foi e do que poderá vir!
Que a luz que soltas transcenda a distância que nos separa!






"Tudo o que sabemos do amor, é que o amor é tudo que existe."



Emily Dickinson

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Procura



(Foto de Serenidade)






Não tão distante no tempo quanto outrora, percorri o espaço físico que me separa de ti. Óbvio que se trata apenas de matéria, tendo em conta a tua permanência neste cárcere humilde, sereno, em busca, sempre em busca. Desde que me conheço como gente, capaz de tomar as suas decisões de forma consciente ou não, ando à procura! Sim, existiram intervalos de tempo, em que as deliberações eram tomadas sem qualquer consciência do que fazia e logo de seguida, caia no abismo das emoções onde o fundo não existia e a ausência de luz permanecia durante um tempo que parecia infindável!
Desta vez, consciente da minha vontade, sem vontade de estagnar, permaneci ao teu lado, os metros que nos separavam não se faziam sentir dada a fusão que pela curta distância ocorria entre nós! Não precisei tocar-te para sentir-te em mim! Tão pouco ousaste tocar o mais ínfimo pedaço de meu corpo. Estivemos em silêncio e no silêncio olhamo-nos, como naquele dia em que não precisei de saber que ali estavas para sentir um orgasmo de energia. Uma energia sem precedentes fundiu-se com a minha, foi nesse dia que me fizeste sentir tua, que te pertenço e que somos um. O Sol a terminar o seu dia de labuta, por estes lados, percorria parte do espaço, ao alcance do meu olhar, que o levava para outras paragens! O rosado misturava-se com o laranja e o teu azul! Ah o teu azul! O teu azul olhar mesclava-se com um esverdeado reluzente. Estive ao teu lado, estive em ti e na distância continuo a recordar a nossa afinidade, a nossa fusão tão particular que me acompanha na procura dessa força, no meu dia-a-dia. A contínua procura…



"O amor é a força mais subtil do mundo."

Mahatma Gandhi