sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Reencontro



(Foto de Serenidade)




Estive contigo, mas antes de até ti chegar, outro presente me foi concedido. Foi permitido que três almas amigas se juntassem novamente. Nessa tarde a dança das palavras percorreu os minutos num tempo em que o tempo percorrido era ilusão. As palavras, partidas e repartidas foram as necessárias ao bom entendimento mútuo. Não foram precisas nem mais, nem menos do que aquelas que estavam a ser ditas. A nossa alma entendeu-as na perfeição mesmo que, por vezes, aparentemente, não fizessem sentido.
Logo de seguida mais um bálsamo para a minh’alma foi-me anuído, fui até ti. Depois de uma manha e tarde tristonha, as nuvens foram varridas dum céu cinzento. O Sol brilhava e uma maresia suave acariciava o meu rosto, sentido! Quando os meus pés tocaram o areal que me separava de ti, senti necessidade de enterra-los bem fundo, apetecia-me afundar-me, enraizar-me, bem junto de ti.
Senti o teu corpo nos meus pés e todas as minhas células exultaram de alegria, limpei a alma e a dor incontida de tanto tempo afastada de ti, de tão pouco tempo ter passado contigo. Senti-me chorar! Não que a minha água salgada se tenha mesclado com a tua mas, era como se tal estivesse a acontecer. Acariciaste-me os pés. Acariciaste-me a alma e todo o meu corpo exultou de alegria.




"Às vezes a àgua salgada que percorre todos os recantos da alma, assim como a água doce que limpa o corpo enegrecido, são o bálsamo necessário para serenar."