quinta-feira, 19 de abril de 2012

minh'alma



(Foto de Serenidade)






Sinto-me presa a este assento. Não consigo discernir o que se passa, nem mexendo e remexendo no baú das minhas memórias. Sinto-me estática, movendo, qual autómato, na vida que se dá a viver. Sinto-me presa ao automatismo robótico do dia-a-dia e… não tenho ido ao teu encontro mas… também não sinto vontade de me deslocar até ti. Sinto minh’alma presa neste cárcere e já não a conheço! Não consigo identificar o que quer, o que a faz feliz. Anda envolvida num fumo de lamentações com fundamento, mas sem um alicerce que me possa impelir à prosperidade.
Sinto-me presa! Não, não me sinto presa! Sinto-me envolvida em neblina. Uma neblina clara e opaca, que me impele a caminhar nos percursos que quero caminhar, no entanto, com a sensação constante de queda no abismo. Onde andas minh’alma? Diz-me o motivo da tua ausência! Manifesta-te para que eu percorra este caminho luzidio sem a opacidade que agora vislumbro. Arremessa a corda para que vá até ti. Busca-me neste labirinto de lamentações que o meu coração anda envolvido. Impulsiona-me a fazer o que tem de ser feito para que a tua presença se manifeste acerrimamente e não descure mais de te cuidar.
Vem, manifesta-te, para que eu deixe de ser esta marioneta que agora se apresenta, que me desgasta. Sei que me amas, como eu te amo, vem.