sexta-feira, 27 de maio de 2011

Movimento



(Foto de Serenidade)




Permaneci estática na agitada movimentação do dia-a-dia. Considero que a impermanência é uma constante e como tal a paragem ilusória aos olhos e sentires de quem observa a quietude dos movimentos agitados não observáveis.
Olho-te e vislumbro o quão agri-doce é o movimento voluptuoso da tua magnificência. Aqui mesmo ao meu lado pareces agitado, e lá, mais longe transmites uma serenidade desmesurada. Por isso, o meu corpo quer ir até ti, há uma sinergia de energias entre os nossos corpos (ou será das nossas essências?!). O perceptível de ser observável por todos os que olham de soslaio ou analiticamente, é de uma calma que dá gosto de sentir, por isso tantos gostarem de estar ao pé de mim. Mas bem lá no fundo, uma agitação é constante em cada segundo. Ora porque os medos afloram, sem sentido mas com o sentido que minha mente lhes dá e constantemente os atraiçoa, porque já deveriam estar habituados que a mente constantemente mente. Ora porque os sonhos a concretizar demoram a chegar. Não pela inacção mas, talvez, porque a conjuntura ainda não o propiciou. Observa esta serena agitação, que me corrói na emoção. Repara como somos idênticos: agitados e simultaneamente de uma serenidade imensa.
Tenho permanecido estática…deves sentir a minha falta. Eu sinto a tua! Não tenho conseguido ir até ti, não falta tempo, mas sim movimento!





"Feliz aquele que transmite o que sabe e aprende o que ensina!"
Cora Coralina