terça-feira, 2 de setembro de 2008

Não sei


De frente ao teclado, permaneço num tempo que custa a passar. A intenção? Nem boa, nem má! Apenas redigir o que sinto, o que gostava de partilhar mas, as ideias não vêm, nem vão! Permaneço num estado de inércia activa. Apenas a rotina diária se comove e me orientada pela vida contrariando o meu querer. O querer de deixar que o exterior me oriente, que o exterior seja o motivo da minha subsistência. Quero! Quero ser livre dessa materialidade necessária. Quero viver comigo, amigavelmente, serenamente, sem que a matéria em meu redor me adorne de tudo o que preciso, sem precisar. O meu ser me guia para longe desta disciplina que me consome, que não me apraz. Procuro entre as vielas repletas de gente tão igual, tão diferente. Divago entre as páginas de livros que me levam para longínquos lugares, onde me encontro a representar essa história. Percorro os caminhos, nem claros, nem sombrios, destas teclas iludindo-me com a pretensão de terem a solução. Demando meu corpo realizar tarefas, supostamente as ideais, para se sarar, mas logo de seguida, aniquilo qualquer benefício retirado com acções coléricas, que vão de encontro ao ser que quer regeneração.
Não sei o que quero escrever, apenas que não posso contrariar o meu querer. Se nada fluir, há que aguardar o tempo apropriado para o fazer…