quinta-feira, 1 de maio de 2008

És meu Sol


Reclamo por ti ao meu lado. És o Sol dos meus dias. A Lua da noite escura que teima em perdurar e na tua ausência me inquietar as emoções em sobressaltos e desvario. Preciso de ti em Mim, sentir teu e meu corpo em lava ardente transformados pelo calor do êxtase de um amor tanto tempo afastado. Os fluidos dos nossos corpos se misturarão, o suor de um se fundirá com o do outro perfazendo um rio de sinuosas margens que deslizará por nossos corpos desnudos de preconceitos. Tua seiva percorre as artérias de galhos finos que te acolhem em mim, sem querer que saias de mim. És a luz que ilumina o cárcere desacreditado do enlevo que é o Amor. Desejos imemoriais agarram a imagem que em mim tenho de ti. Estás em mim mesmo sem te ter. Um dia, para sempre serás minha sem ter de te prender. Aprisionada a mim estás, qual vinca que envolve a tronco mais robusto da Amazónia, sou orquídea que se alimenta do teu lenho, meu nutriente. Anjo que me amparas nos dias luzidios e escorregadios. Velas comigo o batel de débil envergadura, nesta senda que é nossa e que muito perdura. Para lá do tempo mundano, em cortiços aprisionados, vejo-nos unos no infinito, de luz recobertos … tão luzidios! Círio que és, em Mim se recriou, a tua luzidia alma eternamente comigo ficou.