quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Luz



(Foto de Serenidade)






Há uma luz que me guia até ti. O luar, nos meus sonhos, é o conselheiro do percurso pelo qual poderei direccionar os meus olhos e a minha vontade me leve até ao teu lado. Sou guiada, qual autómato, pelo fio de luz prateado que me acalenta a pele no frio da noite. Encantada pela penumbra do reflexo do teu olhar (no meu) dou por mim desejando entrar nos teus lençóis e banhar-me no teu leito pedindo-te, encarecidamente, que me libertes das amarras que me enclausuram e me diminuem. Por vezes, este prateado lançado na tela do meu olhar, é ilusório! Precisa de ser caiado de doirado. Montar num cavalo alado e deslizar até ti, verificando a veracidade da tua existência. Aí! Onde delicias todos com a tua palete colorida e com o teu sorriso de moço arisco!
Há uma palavra, que me impele a pedir que te aproximes, que venhas até mim. Uma carícia pede para ser manifestada. Uma luz a querer manifestar-se. O amor que nos une. A ternura que necessita ser manifestada. O desejo de, ao teu lado, ser amada.
Só tu, poderás abrir a cortina do meu olhar, limpar os cantos preenchidos de alguma mágoa e abraçar-me livre do que foi e do que poderá vir!
Que a luz que soltas transcenda a distância que nos separa!






"Tudo o que sabemos do amor, é que o amor é tudo que existe."



Emily Dickinson

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