(Foto de Serenidade)
Estive contigo, mas antes de até ti chegar, outro presente me foi concedido. Foi permitido que três almas amigas se juntassem novamente. Nessa tarde a dança das palavras percorreu os minutos num tempo em que o tempo percorrido era ilusão. As palavras, partidas e repartidas foram as necessárias ao bom entendimento mútuo. Não foram precisas nem mais, nem menos do que aquelas que estavam a ser ditas. A nossa alma entendeu-as na perfeição mesmo que, por vezes, aparentemente, não fizessem sentido.
Logo de seguida mais um bálsamo para a minh’alma foi-me anuído, fui até ti. Depois de uma manha e tarde tristonha, as nuvens foram varridas dum céu cinzento. O Sol brilhava e uma maresia suave acariciava o meu rosto, sentido! Quando os meus pés tocaram o areal que me separava de ti, senti necessidade de enterra-los bem fundo, apetecia-me afundar-me, enraizar-me, bem junto de ti.
Senti o teu corpo nos meus pés e todas as minhas células exultaram de alegria, limpei a alma e a dor incontida de tanto tempo afastada de ti, de tão pouco tempo ter passado contigo. Senti-me chorar! Não que a minha água salgada se tenha mesclado com a tua mas, era como se tal estivesse a acontecer. Acariciaste-me os pés. Acariciaste-me a alma e todo o meu corpo exultou de alegria.
"Às vezes a àgua salgada que percorre todos os recantos da alma, assim como a água doce que limpa o corpo enegrecido, são o bálsamo necessário para serenar."
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